Andrômeda Black
- Como tudo começou?
Comecei minha vida artística profissionalmente muito cedo, em meados dos anos 2000, através da dança. Infelizmente a partir de 2015, mais ou menos, comecei a sentir fortes dores no joelho e descobri que estava com desgaste na cartilagem que fez com que eu tivesse que parar com atividades de impacto. Nessa mesma época conheci o reality show norte-americano Rupaul’s Drag Race e eu já estava tendo bastante interesse por maquiagem, o que fez eu ir atrás de curso profissionalizante. Participei de duas festas a fantasia onde decidi ir montado e em ambas eu ganhei o concurso de melhor fantasia. Depois disso começou a surgir o interesse de levar drag mais a sério (fotos).
Decidi ser e me assumir Andrômeda Black em março de 2016 com intuito de suprir as minhas necessidades como artista. Com o show da Alaska aqui em Campo Grande, MS, eu decidi que seria meu nascimento como drag e assim foi. Investi na minha primeira montação, agora assumida. Comprei minha primeira peruca, primeiro salto, mandei fazer meu look, customizei as unhas postiças e realizei um sonho que eu nem sabia que tinha e até então continuo vivendo nele (foto show alaska).
- Por que o nome Andrômeda Black?
Assim que decidi que me tornaria drag eu já sabia que teria Black no nome porque sempre foi meu apelido desde a época do mIRC, que acredito que muita gente nem sabe o que é, porém não queria que fosse meu primeiro nome. Passei uns dias tentando descobrir qual seria. Em algum momento aleatório, voltando do trabalho, lembrei de Cavaleiros do Zodíaco, meu anime favorito, do qual meu personagem favorito sempre foi o Shun, o afeminado 🤣 Shun da constelação de Andrômeda: virginiano assim como eu; afeminado; usa uma armadura “de mulher”. Enfim, perfeito! ANDRÔMEDA BLACK. No começo nem acento tinha, queria que fosse mais “universal”. Andrômeda sempre foi um nome comum para mim, mas percebi a dificuldade das pessoas em pronunciá-lo, por isso resolvi acatar ao acento e ajudou (um pouco, né, porque ainda é difícil parece 🙊).
OBS: Não, nunca teve nada a ver com Harry Potter.
- Quais são minhas inspirações/referências?
Como eu sempre me senti deslocado de alguma maneira dentro da sociedade, eu sempre tive um interesse em assuntos extraterrestres, logo essas são minhas maiores referências. Gosto de brincar com as questões de gênero, ainda sim de uma maneira “não humana”. Gosto de traços ditos femininos, mas com uma pegada de estranheza. Na produção gosto de neon, glitter, preto. Na performance prefiro o enigmático, estranho, ao mesmo tempo sexy. Eu sempre vou preferir o “diferente”, fora do “normal”. Andrô quase sempre terá uma pegada melancólica por onde posso aliviar meus dramas psicológicos. Muito difícil dizer uma inspiração mais exata. É uma miscelânea de coisas que vi, ouvi e vivi dentro da minha cabeça e na minha vida.
- Quais são minhas drags favoritas?
Como dito no tópico acima, minhas drags favoritas são as que mais se aproximam dentro dessas minhas vivências (no meu ponto de vista) ou não.
Queens do RPDR: Raja, Raven, Detox, Bianca Del Rio, Milk, Naomi Smalls, Sasha Velour, Nina Bo’nina Brown, Yvie Oddly, Crystal Methyd, GottMik, Utica Queen.
Queens BR: Ranna Foratto, Pabllo Vittar, Bianca Della Fancy, Gloria Groove, Lorelay Fox, Silvetty Montilla.
- Quais meus objetivos?
Fazer história! Quero poder ser reconhecida pelo meu trabalho. Abrir portas e facilitar caminhos. Representar e dar orgulho.
1 comentário
Pamella · 14/01/2022 às 14:16
Barbarizooou!!!!